Índice do Artigo
Índice do Livro
- Os Princípios da Geometria Sagrada
- As Formas
- A Geometria Britânica Antiga
- A Geometria Sagrada Egípcia Antiga
- A Geometria Sagrada Mesopotâmica e Hebraica
- Grécia Antiga
- Vitrúvio
- Os Comacinos e a Geometria Sagrada Medieval
- Simbolismo Maçônico e Prova Documental
- Problemas, Conflitos e Divulgação dos Mistérios
- A Geometria Sagrada da Renascença
- A Geometria do Barroco
- A Geometria Sagrada no Exílio
- Ciência: O Verificador da Geometria Sagrada
A Geometria Sagrada
A geometria existe por toda parte na natureza: sua ordem subjaz à estrutura de todas as coisas, das moléculas às galáxias, do menor vírus à maior baleia. Apesar do nosso distanciamento do mundo natural, nós, os seres humanos, ainda estamos amarrados às leis naturais do universo. Os artefatos singulares planejados conscientemente pela humanidade também têm sido baseados, desde os tempos mais antigos, em sistemas de geometria. Esses sistemas, embora derivem inicialmente de formas naturais, frequentemente as ultrapassaram em complexidade e engenhosidade, sendo dotados de poderes mágicos e de profundo significado psicológico.
A meditação da Terra
A geometria – termo que significa “a medição da terra” – talvez tenha sido uma das primeiras manifestações da civilização em seu nascimento. Instrumento fundamental que subjaz a tudo o que é feito pelas mãos humanas, a geometria desenvolveu-se a partir de uma habilidade primitiva: a manipulação da medida, que nos tempos antigos era considerada um ramo da magia.
Naquele período antigo, a magia, a ciência e a religião eram, de fato, inseparáveis, fazendo parte do conjunto de habilidades possuídas pelo sacerdócio. As religiões mais remotas da humanidade estavam concentradas em lugares naturais onde a qualidade numinosa da terra podia ser mais prontamente sentida: entre árvores, rochas, fontes, em cavernas e lugares elevados.
A função do sacerdócio que se desenvolveu ao redor desses sítios de santidade natural foi, a princípio, interpretativa. Os sacerdotes e as sacerdotisas eram os especialistas que podiam ler o significado em augúrios e oráculos, tempestades, ventos, terremotos e outras manifestações das energias do universo.
A arte do Xamanismo
As artes do xamanismo que os sacerdotes mais antigos praticavam permitiram, com uma sofisticação cada vez maior, o estabelecimento de um sacerdócio ritual que exigia símbolos externos de fé. Os penedos não desbastados e as árvores isoladas não mais constituíam os únicos requisitos para um local de adoração.
Foram construídos compartimentos que foram demarcados como lugares santos especiais, separados do mundo profano. No ritual exigido pelo novo plano, a geometria tornou-se inseparavelmente ligada à atividade religiosa.